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amanda s.
Image and video hosting by TinyPic A dona do blog.Tem 15 anos,cabelos negros e é viciada em nescau.Adora um bom livro,e está sempre aberta a novas amizades.Lê ebooks como se fosse uma retardada.Um tombo enorme por Gossip Girl,ursos de pelúcia e coco verde gelado.É viciada em internet,jogos eletrônicos livros e sorvetes. Nos sábados,estuda feito uma louca.Tem quatro irmãos e o sonho de não ter NENHUM ¬¬'.Adora lasanha,rock e música eletrônica.Aprendeu a gostar de forró Participa do Blorkutando,OUAT e escreve aqui por mera diversão.


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o nescau
Escrevo o que quero,ouço o que não quero e na maioria das vezes,uso isso daqui como auto-ajuda. Se você gostou,por favor,deixe um comentário,é importante pra mim saber que você perdeu seu tempo lendo meus textos.


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6.1.09 ~ a real idade

Pensei que velhice se fazia com a idade.Quando as pessoas começavam a ter rugas,mãos cheias de manchas e a tremer.Quando começavam a usar aquelas roupas fora de moda,com poás e lacinhos chatos.Pensei errado.Conheço várias pessoas de 14 anos que são velhas por dentro,que não tem amor.Pessoas que são jovens exteriormente,mas que tem uma idade completamente diferente.São frias,amargas e sem vontade de viver.Você tem a idade que quer,agindo como essa idade parece ser.Minha vizinha,tem 82 anos e vive como uma garotinha.Canta,dança,e até namora com um garotão de 65.Vejo ela chegando em casa,as 3 da manhã,com sapatos na mão e a música do bolero na cabeça.Talvez,pela dona Dalva ter esse espírito tão jovem,tenha chegado a essa idade tão avançada.
Já minha outra vizinha,da casa ao lado,é completamente o oposto.Tem 22 anos,mas age como uma senhora de 90.Coque amarrado para trás,cabelo alinhado e roupas escuras.Lembro de quando eu era mais nova,tinha cerca de uns 7 anos,e ela vivia dizendo que não queria bagunça na porta da casa dela.Isso,ela tinha 15 anos,estava na adolescência,como eu estou agora com os meus 14.Vivia com uma irmã,e depois que ela morreu,mora agora sozinha.As vezes eu acho que a dona Dalva trocou de corpo com minha outra vizinha,porque ela é tão fria e indiferente,sem graça e até mesmo,chega a ser irrelevante.Dona Dalva tem prazer em dançar,em brincar.Na mesma época que Maria Eduarda nos expulsava de sua porta,dona Dalva nos chamava para ensinar as brincadeiras de seu tempo,e brincava conosco.Eu pensava que ela ia cair,mas logo,apareceu com um giz na mão,desenhando um sol e explicando uma brincadeira de sua época.E pulava,como uma menina.Pulava até mais que nós,seus ossos frágeis,mas ainda assim ela queria brincar conosco.Ensinava-nos coisas que até hoje eu sei.Quando eu tive meu primeiro namorado,ela me tratou como uma boneca,ensinando e até mesmo rindo.Dizendo que na época dela,o beijo era mais doce,mais bonito e acima de tudo,mais verdadeiro.Mas ressaltando,que agora era mais interessante,podiamos namorar com quem quizermos.E ela,namorava.Com o senhor Francisco,um senhor que vendia bolos caseiros aqui na porta.O tempo passou,ela comprando os bolos de Francisco,até que ele cresceu e montou uma padaria.Mas não deixou dona Dalva.E tudo isso acontecia em meio de nossas brincadeiras mais ingênuas,como Sete Pecados ou Salada Mista.As vezes,eu via ela com a mão no coração,se despedindo do senhor Francisco,que saia com a bicicleta já sem nenhum bolinho só na cestinha de palha.E a Maria Eduarda,que eu nem me atrevia de chamar de Duda,nunca teve um namorado de adolescência.Ela nunca saia pra brincar,mesmo quando dona Dalva ia entregar-lhe um de seus doces.Os doces que ela faz,são os melhores do mundo.Doce de tudo.E ela faz de graça.Um dia,eu me lembro,eu ajudei a ela fazer um doce de acerolas.A compota já estava pronta,com uma fitinha e tudo,mas ela olhou para nós duas.Todas lambuzadas de caramelo,com pontinhos vermelhos por toda a blusa.Então,sorriu,e me deu um banho,penteando meus cabelos.Me senti a menina mais feliz do mundo.Dona Dalva me deixava feliz,deixava meus amigos mais felizes.Então,fomos entregar a compota para a casa do dia:Era a casa de Maria Eduarda.Chegando lá,fomos recepcionadas friamente.Mas dona Dalva,com seus dentes alvíssimos e aquela voz de rouxinol,apenas sorriu para minha vizinha marrenta,e falou que aquilo era pra adoçar a vida de uma menina com alma de velha.Lembro que eu sorri muito,porque aos meus olhos ela era a velha,e Maria,a jovem.Para minha surpresa,Maria não disse nada.Mas no outro dia,soltou os longos cabelos.Ela nunca tinha soltado o cabelo.E eu nunca tinha percebido o quão bonita minha vizinha era.O tempo passou,nós crescemos.E enquanto eu termino de escrever esse post,escuto o barulho de uma moto e um carro.O carro,de Maria Eduarda,acabando de chegar da faculdade.E a moto de seu Francisco,deixando Dona Dalva em casa.Afinal,ela tem que chegar mais cedo.Amanhã,é dia de fazer compota com Maria.
Por amanda s. ~ 12:52